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O que são as Emoções?

  • Foto do escritor: Warley Lamartine Correia
    Warley Lamartine Correia
  • 19 de jan. de 2017
  • 4 min de leitura

O que são as Emoções?

Etimologicamente falando, a palavra emoção se origina de duas outras palavras do latim – ex movere – que significa em movimento. Sendo assim, inferimos que o nosso corpo se movimenta quando nos emocionamos. Outra definição mais geral trazida pelos estudiosos traz as emoções como um impulso neural que move um organismo para a ação.

Retirado do site: TV Brasil Central

A psicologia e as emoções

Estudar o comportamento humano é de extrema relevância para a psicologia, mas também entender o motivo que nos leva a se emocionarmos e qual a influência disso em nosso comportamento desperta enorme fascínio entre os estudiosos.

Muitos autores anteriores ao século xx já tinham interesse sobre o estudo das emoções e os seus efeitos sobre o comportamento humano. Desde a Grécia antiga e até meados do século XIX, filósofos e psicólogos acreditavam que as emoções eram instintos básicos que deveriam ser controlados a fim de que as nossas capacidades cognitivas não fossem afetadas. Assim, até metade do séc. XX as emoções eram totalmente descartadas devido à influência do pensamento cartesiano. Somente no séc. XX foi que as investigações dos pesquisadores mostraram que o indivíduo ao se emocionar, compreender e estar consciente das suas emoções o permite desenvolver a capacidade de melhor se relacionar consigo e com o mundo.

Recentemente, pesquisadores descobriram que as emoções influenciam diretamente no nosso sistema imunológico, na nossa saúde, o stress, por exemplo, é de origem essencialmente emocional, fomentada por uma incapacidade de lidar com as emoções.

Emoções x Sentimentos

As emoções diferenciam-se dos sentimentos, uma vez que são informações que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que vivenciam, pois conforme observado é um estado psico-fisiológico. Sendo assim, o sentimento é a emoção filtrada através dos filtros cognitivos do cérebro, especificamente o lobo frontal, produzindo, no entanto uma mudança, assim sendo, constitui-se numa consequência da emoção com características mais duráveis.

Segundo Damásio, o que distingue essencialmente sentimento de emoção é: enquanto a primeira é orientada para o interior, o segundo é eminentemente exterior; ou seja, o indivíduo experimenta a emoção, da qual surge um “efeito” interno, o sentimento. Os sentimentos são gerados por emoções e sentir emoções significa ter sentimentos. Na relação emoção / sentimento, Damásio diz ainda que apesar de alguns sentimentos estarem relacionados com as emoções, existem muitas que não estão, ou seja, todas as emoções originam sentimentos, se estivermos atentos, mas nem todos os sentimentos provêm de emoções (2000).

Já as emoções são públicas, os sentimentos, privados, a emoção é inconsciente e o sentimento é consciente.

Emoções Primárias e Emoções Secundárias

As emoções primárias são inatas, universais, evolutivas, partilhadas por todos e associadas a processos neurobiológicos específicos, exemplos destas são o medo, a alegria, a tristeza e a raiva. As emoções secundárias são sociais e resulta da aprendizagem, dentre algumas emoções secundárias temos a vergonha, o ciúme e a inveja.

A Neurobiologia das Emoções

As emoções são respostas neurológicas e fisiológicas a estímulos (externos e internos), coordenados pelo próprio pensamento que envolve as estruturas do sistema límbico. Os estudos na área neurológica vêm crescendo e as pesquisas têm confirmado a relação somática com o centro das emoções.

Segundo Vaitsman, a investigação do cérebro humano está ajudando a redefinir a origem das emoções e a contestar duas idéias estabelecidas. Uma dessas idéias diz que a personalidade é inteiramente formada no transcurso das experiências de vida. A outra garante que a origem de todas as nossas emoções está no inconsciente, ou seja, num conjunto de processos psíquicos que atuam sobre o comportamento, sem o controle da consciência (1998).

As emoções sob a perspectiva cognitivista

As teorias cognitivistas afirmam que os processos cognitivos, como as percepções, recordações e aprendizagens, são fundamentais para se perceberem as emoções. Uma situação provoca uma reação fisiológica e procuramos identificar a razão (compreender) dessa excitação fisiológica de modo a nomear a emoção que lhe corresponde.

Myers, diz que:

A maioria dos psicólogos acredita hoje que a nossa cognição constituem um ingrediente essencial da emoção. Um desses teóricos é Stanley Schachter, que propôs uma teoria dos dois fatores, em que as emoções possuem dois ingredientes: excitação física e um rótulo cognitivo. Schachter presumiu que nossa experiência da emoção cresce a partir de nossa consciência da excitação do corpo. Como Cannon e Bard, Schachter também achava que as emoções são fisiologicamente similares. Assim, em sua opinião, uma experiência emocional exige uma interpretação consciente da excitação (1999, 292).

Essa teoria é denominada de Teoria Bifatorial de Schachter-Singer, que resumindo diz que as emoções produzem estados internos de excitação e nós procuramos no mundo exterior uma explicação para isso.

A importância dos processos cognitivos na determinação da emoção é bem ilustrada pela seguinte citação de Penna (1986: 10,11): “A dimensão afetiva ou emocional surge, na verdade, como uma dimensão subordinada à cognição no sentido de que sua tonalização e intensidade exprimem-se sob o controle do modo como as situações existenciais são percebidas e pensadas pelo sujeito”.

Por: Psicólogo Jocerlândio Alves

Edtado: Warley lamartine

Referências

DAMÁSIO, António, (2000). O Erro de Descartes – Emoção, Razão e Cérebro Humano. 21ª ed.,Lisboa, Publicações Europa América. Disponível em: http://repositorioaberto.univ-ab.pt/bitstream/10400.2/1529/1/Diserta%C3%A7%C3%A3o%20Maria%20Jo%C3%A3o%20Rosa%20Silva.pdf. Acesso em 19 de maio de 2011.

DAMÁSIO, Antônio. O Sentimento de Si, Tradução de M. F. M revista pelo autor Europa-América, 2000.

MYERS, David G. Introdução à Psicologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.

VAITSMAN, Heliete. Novas pesquisas revelam como as emoções comandam nosso cérebro. Jornal do Comercio, 1998. Disponível em http://www2.uol.com.br/ JC/_1998/2306/fa2106h.htm. Acesso em 20 de maio de 2011.


 
 
 

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